Continuando a ideia da última postagem - pixação humana, segue mais um trabalho na mesma proposta, mas pensado de uma outra forma.
O PIXO visto como o rastro da movimentação social no espaço urbano, migrou para o corpo numa relação reversa onde é o espaço que se faz presente no corpo do indivíduo, como visto nos trabalhos anteriores.
Desta vez, a PIXAÇÃO HUMANA retoma parte do seu sentido original de assinatura, onde o indivíduo deixa a marca visível de sua interação com o espaço, escrevendo seu codinome pelos quatro cantos ou nos picos mais altos da cidade.
Neste caso, é a assinatura do tatuador que invade a cena, apropriando-se da superfície alheia e interagindo com o contexto imagético presente no corpo de outra pessoa. Agindo da mesma forma marginal e "incorreta" que um pixador aborda um muro com sua lata de spray ou seu rolo de tinta.
Na superfície humana, a forma transgressora de marcá-la começa com a ferramenta. Artesanal, improvisada e de certo modo inadequada. Aos moldes das tatuagens carcerárias (vide DE CADEIA), a máquina caseira confere aspecto grotesco e incerto ao traço.
A seguir, o vídeo da performance de PIXAÇÃO HUMANA, e na sequência, fotos do trabalho completo.